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O conflito China-Taiwan e a teoria da balança de poder

  • potentiaassessoria
  • 19 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

A tensão entre China e Taiwan remonta ao fim da milenar China Imperial em 1911 e à proclamação da República da China. Na época, a jovem república entrou em uma guerra civil que durou de 1927 a 1950, na qual o Partido Comunista Chinês (PCC) e o Partido Nacionalista Chinês, conhecido como Kuomintang (KMT) entraram em conflito pelo controle do território. A guerra civil terminou com a vitória do Partido Comunista Chinês e a fuga do Partido Nacionalista para ilha de Taiwan em 1949, também conhecida como Ilha Formosa. Enquanto isso, o PCC estabeleceu a República Popular da China (RPC) no continente.


O atrito ocorre porque a República Popular da China não considera a independência de Taiwan e a vê como uma província rebelde que deve ser reunificada com o país. Por outro lado, Taiwan se vê como uma entidade política separada, com Estado, uma Constituição, Forças Armadas e partidos políticos próprios, e com a maioria de sua população não querendo uma união com a China, visto que possuem sua própria governança e identidade. Há países que mantêm relações diplomáticas com Taiwan, entre eles o Vaticano e o Paraguai, mas o número reduziu nos últimos anos devido à forte pressão de Pequim.


A tensão militar tem aumentado, em 2019 o presidente da RPC, Xi Jinping reiterou a posição de Pequim: que Taiwan seja incorporada ao continente por meio da fórmula "um país, dois sistemas", já usada para Hong Kong. Essa proposta é rejeitada pela população taiwanesa e também pelos dois principais partidos políticos, que apontam para a recente repressão chinesa em Hong Kong. Já o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou em outubro de 2021 que os EUA iria defender Taiwan em caso de ataque da China frente às constantes ameaças do país de usar a força, se necessário, para reunificar a ilha.


Esse cenário levou a tensões militares na região, com exercícios navais e aéreos frequentes nas proximidades da ilha, essa conjuntura está diretamente relacionada ao conceito de “balança de poder” que se caracteriza quando um Estado se torna muito poderoso nas esferas bélica, militar, tecnológica e economicamente. Isso o torna um “hegemon” capaz de amedrontar os outros Estados que ficam ameaçados devido à capacidade do “poder de fogo” que este outro possui. Com temor de um início de guerra precisam se unir e criar forças para neutralizar o poder desse novo ator. Sendo assim, a balança de poder seria necessária para bloquear o poder desse novo “hegemon”. Nesse caso, temos a China como uma potência hegemônica que pode não ter invadido Taiwan por causa da aliança e declaração de defesa dos EUA sobre a ilha, permitindo, assim, um maior equilíbrio de poder entre esses países.

 

Referências bibliográficas:

 

O histórico das tensões entre China e Taiwan. G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/04/13/o-historico-das-tensoes-entre-china-e-taiwan.ghtml>. Acesso em: 23 de janeiro de 2024.

 

Como China perdeu Taiwan e qual a situação atual da 'ilha rebelde'. BBC News Brasil. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72yyjky4emo>. Acesso em: 23 de janeiro de 2024.

 

A Guerra Civil que deu origem às tensões entre China e Taiwan. Guia do Estudante. Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/a-guerra-civil-que-deu-origem-as-tensoes-entre-china-e-taiwan>. Acesso em: 23 de janeiro de 2024.

 

O que é balança de poder?. ESRI. Disponível em: <https://esri.net.br/o-que-e-balanca-de-poder/>. Acesso em: 23 de janeiro de 2024.

 
 
 

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